Servidores Públicos de Mogi das Cruzes, solicitam linha negociação com a prefeitura reajuste salarial de aumento real mais benefícios . Mas o prefeito não aceita receber a comissão que representa os servidores e nem reivindicação. Indignados os funcionários públicos que prestaram concurso, reclamam tambem dos comissionados que são muitos com seus mega salários.
"O Jornal local Mogi News, apresenta uma matéria no dia 01/04/2012, opinião Mário S.de Mo Mário S. de Moraes, historiador e professor de Cultura Brasileira, que defenda a manifestação dos servidores municipais."
Tribuna Livre - Mogi News
Apoio aos servidores públicos
Toda manifestação pela Cidadania - melhores condições de vida - é válida. Todo discurso social de protesto - liberdade de pensamento - é válido. Toda oposição ao situacionismo - o Legislativo é um puxadinho do Executi-vo - é válido. Toda passea-ta - a pacífica - é válida. Todo apoio de outras entidades - que não causem atrelamentos - é válido.
Diante destes parágrafos anteriores, com seus cinco princípios de Direitos Humanos, declaro meu apoio explícito aos servidores públicos de Mogi das Cruzes. Assim como fiz com os chacareiros, movimento contra o aterro, contra o radar dedo-duro e a favor da Ficha Limpa. Ainda mais: afirmo que este protesto, nascido dentro do Estado, rompe democraticamente com uma enganosa publicidade oficial que sempre nos diz: está tudo maravilhoso em Mogi das Cruzes. Será?
Como historiador, constato que, pouco a pouco, vozes dissonantes surgem. A passeata feita, à semelhança de inúmeras de São Paulo, revela que existe um clamor público de membros do Semae (Serviço Municipal de Águas e Esgotos), da Guarda Municipal (esta ainda muito desprestigiada), de funcionários do prédio da própria Prefeitura.
E por isto chega-se à conclusão: merecem ser ouvidos. Como? Toda pessoa da comissão dos trabalhadores tem de participar da negociação com o prefeito. Repito: é ilegítimo deixar de fora qualquer membro da comissão dos trabalhadores. Caso contrário, qualquer "cala boca" é autoritarismo!
Também é lamentável que o discurso oficial, seja do governo federal, estadual ou municipal, venha sempre com a velha "lenga-lenga" de deslegitimar o movimento social (seja de quem for: professores, metalúrgicos, servidores) ao afirmar que estão sendo manobrados por partidos políticos. Isto é desculpa esfarrapada para não colocar o dedo na ferida: existem problemas que devem ser solucionados.
Mas como? Por três passos essenciais. Em primeiro lugar, pelo Diálogo (com letra maiúscula). Depois, com a presença direta do prefeito conversando com a comissão representativa dos servidores. E, finalmente, com transparências, isto é, na presença de advogados de ambas as partes. Caso contrário, mandonismos podem surgir.
Somos aprendizes dos 3 "Ds", da filosofia clássica grega: a existência da Dúvida (não somos donos das verdades), a existência do Debate (um só lado que decide é enganação) e a existência do fruto: a Democracia. Que bom...
Mário S. de Moraes
é historiador e professor de Cultura Brasileira
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